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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Triste História da Mulher que Não Encontrava o Amor

Passaram muitos anos desde a adolescência, desenvolveram-se lhe as particularides femininas proeminentes, deixou crescer o cabelo que formou um mar de caracóis loiros e com ela também o relógio biológico começou a dar horas. Sentia em todo o seu corpo que havia chegado a hora, a hora de cumprir a sua missão enquanto animal, talvez a tarefa mais primitiva dos humanos, ansiava tornar-se progenitora.
Tal como na selva, para a procriação são precisas duas pessoas, nomeadamente de sexo opostos... o seu gâmeta feminino teria de encontrar um gâmeta masculino e Carla saberia que ele não iria à procura de um por ela.
Durante meses a fio, procurou em vários homens aquele que teria as qualidades ideais para ser "a carne da sua unha", "a outra metade da sua laranja". Procurou-os na rua, ao virar de cada esquina, em bares, cafés, fábricas, cemitérios, igrejas... em todo o lado onde a imaginação pode alcançar lá estava Carla a procurar o seu "mais-que-tudo".
Como é óbvio pelo título, ela nunca conseguiu encontrar o amor que ela tanto queria, não teve filhos e consequentemente também não teve netos. Segundo dizem, morreu virgem.

3 comentários:

the weight of my words disse...

HAHAHA demais!!

Érrémérrcê disse...

-.-'

Marta Gil disse...

Oh sim, era bom haver água gaseificada com o poder da aguardente (sim, é que eu a beber aguardente é como estar a beber veneno).

Beijinho
(uauu que final feliz. Sinceramente gostei muito, porque ao lermos imaginamos que depois ela encontra o grande amor e vivem felizes para sempre ... e depois não. E isso é que é giro.)

Post-It Amarelo Amarrotado

Se tivesse uma máquina de escrever não tinha um blog!